Tecelagem intuitiva
Seja num tear de mesa ou num de tapeçaria, prefiro tecer intuitivamente sem seguir um padrão ou desenho. Prefiro sentir o ritmo do trabalho e deixá-lo fluir facilmente, do que ter uma ideia pré-concebida de como será o produto final.
Desta forma, consigo estar mais presente no processo e envolver-me totalmente com as fibras que estou a utilizar, libertando assim um pouco da pressão acumulada durante o processo criativo.
Quando trabalho obras um pouco maiores, ou algo mais ambicioso, por vezes começo o meu processo com alguns desenhos simples. Esses esboços podem ser muito abstratos, mas ajudam-me a visualizar algo e facilitam o início do projeto. Iniciada a tecelagem, os desenhos são colocados de lado. Escolho as fibras com as quais quero trabalhar e deixo que elas me guiem durante o trabalho.
Além dos desenhos, por vezes faço também colagens e estudos simples com retalhos de tecido ou papel, que depois uso como guia para as minhas tapeçarias. Mesmo com peças maiores, gosto de manter o processo intuitivo, planeando apenas as coisas que precisam de planeamento absoluto, como o tamanho, o formato e a urdidura.